Dicas para o educador

Quem nunca ouviu falar da “Cuca”, educador? Essa personagem tem histórias fantásticas que deixam nossas crianças encantadas. A Cuca é um dos principais seres mitológicos do nosso folclore. Uma bruxa que captura crianças e às vezes tem aparência de uma velha ou de uma feiticeira com cabeça de jacaré. Tem uma personalidade única! Estamos falando de uma personagem bem velhinha, assustadora, meio corcunda, pele enrugada, cabelos brancos, cabeça de jacaré. Uma característica interessante, educador, é o fato de ela se transformar em uma borboleta, coruja, aranha ou cobra. Isso que deixa a criançada fascinada por esse personagem!

Os alunos do 2º ano, professor de Língua Portuguesa, vão adorar trabalhar com essa personagem folclórica que já fez parte de várias gerações. A Cuca foi popularizada pelo livro "O Saci" (1921), de Monteiro Lobato.

A Cuca, personagem infantil do Sítio do Picapau Amarelo, criada por Monteiro Lobato, educador, virou meme nas redes sociais. As crianças podem criar também uns memes, retratando-a, em forma de desenhos.

Não há como falar da “Cuca” e não apresentar às crianças a biografia de Monteiro Lobato, considerado o “Pai da Literatura Infantil”.

A “Cuca” foi projetada a partir de um dragão português com o nome de 'Coca', ela apareceu pela primeira vez nas obras do escritor taubateano no livro 'O Saci', de 1921. Desde então, a espécie de bruxa ganhou destaque e importância significativa nas narrativas do escritor Monteiro Lobato.

O público infantil e adulto também se identifica com ela por ser muito engraçada e irônica, embora tenha maldade. Há quem diga que ela se tornou um ícone mundial.

O educador pode se caracterizar de “Cuca” para iniciar as atividades voltadas para a personagem. Fazer de conta que está fazendo uma mágica e tirar do falso caldeirão da bruxa pirulitos com um chapeuzinho de bruxa para presentear suas crianças. Logo a seguir, passar as informações mais importantes sobre essa personagem maravilhosa do mundo do faz de conta.

TRABALHANDO COM O CONTO EM ESTUDO

No conto do game, a Cuca é muito atrapalhada e tenta fazer uma magia. Será que vai dar certo?

Ela pegou um fio de cabelo do Saci, uma pena de coruja e uma gota de luar para fazer sua feitiçaria.

É preciso dar uma pista às crianças sobre a historinha antes de contá-la, aguçar a curiosidade delas, como fizemos na introdução, educador. Crianças gostam de mistério!

De forma resumida, conte às crianças, professor, o conto do game. Leve-as para a sala de informática e deixe-as ler o texto para pontuá-lo. Depois, escolha uma criança bem espontânea e expressiva para representar a “Cuca”. Estamos propondo uma breve dramatização para ilustrar a aula e contextualizar o game.

Na dinâmica do jogo online, os alunos do 2º ano têm que acompanhar a narração do conto com muita atenção para descobrirem qual sinal de pontuação vai preencher corretamente a lacuna do parágrafo para que o texto tenha coerência.

Educador, que tal revisar os sinais de pontuação que compõem a Língua Portuguesa antes da aula de informática?

A seguir, vamos mencioná-los a fim de que as crianças tenham esse registro no caderno. Caso queira preparar uma fichinha com os mesmos, professor, será ótimo para as crianças consultar e tirar dúvidas. São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ) e o travessão (—).

Após concluírem o game, sugerimos ao professor para motivar seus alunos a copiarem o conto com a personagem folclórica no caderno antes da dramatização e ilustrá-lo com capricho. Caso as crianças queiram usar material reciclável para ilustrar o conto, propomos palitos de picolé, tampinhas de garrafa, recortes de papel colorido de revista, ou também, papel camurça (aveludado) ou cartão (duro e consistente), papel crepom (maleável) etc.

Para a encenação do conto, o professor de Língua Portuguesa tem que pedir ajuda ao de Arte e juntos organizarem o roteiro da peça, bem como ensaiarem as crianças. Os alunos do 2º ano podem apresentar a peça para os coleguinhas do 1º ano ou outras séries. Será um sucesso esse momento de interação e socialização!

Objetivos para o aluno:

• Realizar um game de entretenimento com teor educativo sobre sinais de pontuação com o “Conto da Cuca”;
• Utilizar, ao produzir o texto, grafia correta de palavras conhecidas ou com estruturas silábicas já dominadas, letras maiúsculas em início de frases e em substantivos próprios, segmentação entre as palavras, ponto final, ponto de interrogação e ponto de exclamação;
• Conhecer as características físicas e psicológicas da Cuca;
• Ampliar o vocabulário e enriquecer o repertório;
• Segmentar corretamente as palavras ao escrever frases e textos;
• Ler, com autonomia e fluência, textos curtos, com nível de textualidade adequado, silenciosamente e, em seguida, em voz alta;
• Exercitar a cognição e as habilidades artísticas;
• Confeccionar a “Cuca” com material reciclável (fantoches comuns ou dedoches);
• Participar da dinâmica da “Cuca” para expressar os medos;
• Reconhecer a importância do ponto de exclamação nos versos;
• Assimilar valores e princípios durante as aulas temáticas;
• Recriar, interpretar e relacionar-se com o mundo em que vive.

Objetivos para o professor:

• Motivar os alunos para execução de um game de entretenimento com teor educativo que visa à pontuação correta e interpretação de conto;
• Mostrar às crianças as características físicas e psicológicas da “Cuca”;
• Apresentar às crianças a biografia de Monteiro Lobato;
• Elaborar atividades lúdicas para que as crianças possam empregar adequadamente os sinais de pontuação mais comuns;
• Deixar as crianças ganharem autonomia e superarem suas dificuldades;
• Preparar atividades com intertextualidade para as crianças prosperarem na escrita e leitura;
• Promover a comunicação entre as crianças, estimulando o diálogo sobre personagens folclóricos;
• Aproveitar os conteúdos para trabalhar com valores, princípios e ajudar na evolução moral das crianças;
• Refletir com as crianças sobre a importância da “obediência” para que sejam evitadas situações difíceis ou perigosas;
• Observar a participação e o engajamento das crianças durante as atividades práticas;
• Realizar uma “Oficina de Arte” para as crianças confeccionarem fantoches comuns ou dedoches;
• Possibilitar às crianças expressarem seus medos através da dinâmica da “Cuca”;
• Movimentar a aula com a música “A Cuca te Pega”, de Cássia Eller;
• Reforçar a importância dos sinais de pontuação para passar bem a mensagem nos poemas, dando ênfase ao ponto de exclamação;
• Proporcionar um ambiente lúdico e desenvolver habilidades de leitura nas crianças.

Sugestão de abordagem para o professor

Você tem medo de quê?

As crianças têm medos ocultos. Como por exemplo, medo de dormirem sozinhas, dos fantasmas ou monstros, de certos animais peçonhentos, de ficarem sem os pais, enfim, são muitos os medos. Vamos propor uma “Roda de Conversa” para que elas possam trocar ideias e falarem sobre seus medos, receios.

Nós, do canal da Escola Games, vamos sugerir a dinâmica da bruxinha, no caso, a “Cuca”. As crianças, assentadas em roda, vão passar a bruxinha umas às outras ao som de uma musiquinha de fundo, ao cessar a canção, a criança que estiver com a “Cuca” na mão terá que expressar sobre seus medos. Que tal a música “A Cuca te Pega”, da cantora Cássia Eller, educador?

A Cuca Te Pega
Cássia Eller

Ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha

Cuidado com a Cuca que a Cuca te pega
E pega daqui e pega de lá
Cuidado com a Cuca que a Cuca te pega
E pega daqui e pega de lá

Cuidado com a Cuca que a Cuca te pega
E pega daqui e pega de lá
Cuidado com a Cuca que a Cuca te pega
E pega daqui e pega de lá

A Cuca á malvada e se fica irritada
A Cuca é zangada cuidado com ela
A Cuca é matreira e se fica zangada
A Cuca é danada cuidado com ela

Ela
Ha

Cuidado com a Cuca que a Cuca te pega
E pega daqui e pega de lá
Cuidado com a Cuca que a Cuca te pega
E pega daqui e pega de lá

A Cuca é malvada e se fica irritada
A Cuca é zangada cuidado com ela
Cuidado com a Cuca que a Cuca te pega
A Cuca é danada ela vai te pegar

Cuidado com a Cuca que a Cuca te pega
E pega daqui e pega de lá
Cuidado com a Cuca que a Cuca te pega
E pega daqui e pega de lá

A Cuca é malvada e se fica irritada
A Cuca é zangada cuidado com ela
Cuidado com a Cuca que a Cuca te pega
A Cuca é danada ela vai te pegar

Ha
Aê

Cuidado com a Cuca que a Cuca te pega
E pega daqui e pega de lá
Cuidado com a Cuca que a Cuca te pega
E pega daqui e pega de lá

Ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha
Ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha

Com uma música dentro da temática, educador, os alunos ficam mais motivados e embasados. É muito importante deixar todas as crianças falarem um pouquinho. Esse momento é para elas se interagirem e colocarem para fora seus medos sem críticas. A criança que estiver com a bruxinha vai responder à pergunta: “Você tem medo de quê?”.

É muito normal os alunos ficarem agitados, por isso é importante combinar antes as regrinhas visando à brincadeira. Ao final da dinâmica, os alunos podem produzir um texto sobre seus medos e lê-lo para os coleguinhas do 2º ano.

Para as crianças empregarem os sinais de pontuação em estudo, o professor de Língua Portuguesa poderá produzir um texto resumindo os medos das crianças após a dinâmica.

Complementando o conteúdo

HORA DO CONTO

A “Cuca” se tornou popular entre as crianças por meio do livro O Saci, de Monteiro Lobato. No livro, ela é retratada como uma bruxa em forma de jacaré e cabelos loiros. Assustar e sequestrar as crianças que não dormiam cedo e que desobedeciam aos pais era uma das suas principais características. Ao mencionar isso para as crianças, educador, converse com as mesmas sobre a importância da “obediência” uma vez que os pais querem o bem dos filhos. Porém, por estarem no 2º ano, vão questionar sobre a fantasia existente visando ao medo que os pais impõem para os filhos a fim de amedrontá-los. Nessa hora, deixe as crianças expressarem seus sentimentos e vá intermediando a discussão para que seja um momento proveitoso considerando valores, princípios. É importante as crianças reconhecerem que os pais usam artifícios para conseguirem resultados positivos e nem sempre querem de fato assustá-las, mas, sim, educá-las, que é tradicional contar histórias populares ou usarem provérbios. Ao final da discussão, as crianças têm que assimilar sobre a importância da “obediência” para que os perigos sejam evitados.

Dizem que a origem da “Cuca” está na península Ibérica e veio para o Brasil durante o período da colonização. A personagem aparece muito nas canções populares de ninar. Como no exemplo a seguir, educador:

Dorme, neném
Que a Cuca vem pegar
Papai foi pra roça
Mamãe foi trabalhar

A “Hora do Conto” será o momento mais especial para narrar às crianças histórias em que essa personagem fantástica aparece com suas feitiçarias. Vamos sugerir que sua lenda seja narrada e representada pelas crianças de alguma forma. Elas podem usar máscaras ou fantoches comuns, dedoches, enfim, os recursos mais lúdicos para que esse momento seja de aprendizagem, mas, principalmente, divertido.

Os dedoches são fantoches bem pequenos que devem ser usados nos dedinhos das crianças. Professor, que tal convidar suas crianças para confeccionarem seus próprios personagens e organizarem uma apresentação teatral?

Além da Cuca, elas poderão fazer fantoches de outros personagens folclóricos. Elas vão necessitar de papel flexível, giz de cera, lápis de cor ou tinta (pode usar o material que tiver em casa, é para colorir o dedoche), cola e tesoura. Os dedoches podem ser feitos com EVA ou tecido.

Caso queira convidar os pais para essa aula prática, educador, será um momento gostoso de interação e socialização. Pergunte às mães se elas podem costurar os fantoches de dedo. Inclusive, talvez tenha alguma mãe que seja costureira. Essa parceria pode dar muito certo. Levar os pais à escola ajuda muito a alavancar o conhecimento das crianças e promover afetividade.

As crianças, em uma ocasião especial, poderão apresentar suas historinhas com os dedoches. Eles são uma brincadeira lúdica e instrutiva.

Os alunos podem aproveitar os dedoches também para se divertirem em casa com os coleguinhas. O professor deverá passar um dever para as crianças usarem os fantoches folclóricos em uma produção de poema, por exemplo. Depois, dramatizarem o poeminha manipulando os fantoches. Essa será mais uma aula muito divertida e proveitosa!

O professor precisa reforçar a importância dos sinais de pontuação na produção de texto poético para passar bem a mensagem. O ponto de exclamação, por exemplo, é muito utilizado para favorecer a entonação e sentimento do poeta nos versos.

O poema é uma excelente ferramenta para ajudar a desenvolver as habilidades das crianças, bem como o pensamento crítico, a sensibilidade e também favorece os aspectos linguísticos.

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